OS ÁRBITROS QUE TODOS QUERIAM
Paulo Paraty, Paulo Baptista e Martins dos Santos eram os árbitros mais ‘solicitados’ pelos dirigentes desportivos. Do outro lado da balança está Duarte Gomes, que parecia ter o condão de fazer irritar todos os presidentes de clubes. João Ferreira e Proença só agradavam ao Sul e Bruno e Jacinto Paixão eram ‘escolhidos’ pelos clubes do Porto.Paraty e o seu assistente Devessa Neto parecem fazer o pleno. Tanto agradavam ao FC Porto como ao Benfica e a frequência com que os seus nomes eram falados era grande. Por exemplo, João Rodrigues, que mediava os contactos entre a Federação e o Benfica, chega mesmo a dizer a Pinto de Sousa que para acalmar Luís Filipe Vieira “bastava nomear o Devessa Neto”. Disse-lhe ainda noutra conversa que Vieira queria o Paraty a arbitrar a meia-final da Taça com o Belenenses. “Ele não quer outro”, afirmou. Pinto da Costa também falava com frequência do mesmo árbitro internacional. Mostrava-se satisfeito quando ele era nomeado e nessa época são muitas as críticas feitas quando o mesmo apitou os encontros do Sporting.Outra conversa que indicia o tratamento privilegiado de Paraty refere-se à sua classificação. No ano em que terminou em 3.º lugar no ranking dos árbitros (2003/2004), Pinto de Sousa garantiu a Valentim que Paraty corria o risco de descer de categoria. “Está nos 5 ou 6 dos últimos”, assegurou, enquanto o então presidente da Liga lhe lembrava: “Já no ano passado esteve mal, pensei que estava a correr melhor.”
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